segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Incompetência ou Insuficiência do Colo Uterino (IIC)

Descobrimos a existência dessa incapacidade do colo uterino quando estava de 21 semanas e estamos em alerta desde então, ou seja, há 3 semanas, tomando todos os cuidados necessários para não favorecer a evolução desse quadro.

Mas do que se trata? Como descobrir se tenho isso? O que fazer?

Como não sou especialista no assunto, vou contar um pouco sobre o que aprendi conversando com a minha médica, a Dra. Ana Thaís Vargas, e também o que acabei pesquisando em outros blogs e sites.

Basicamente, o colo do útero é a ligação entre o útero e a vagina. Quando não estamos grávidas, essa ligação está aberta e é por onde passa a menstruação e tudo mais. Quando estamos grávidas, é fabricado pelo nosso corpo um muco que "tampa" essa entrada e protege o útero contra as infecções.

Na gravidez, os especialistas dizem que o normal é o colo ter o comprimento de 3,0 a 4,0 cm (ou 30 mm a 40 mm), sendo que 4,0 cm é uma medida ótima.
A medida de 2,5cm do colo seria um alerta para essa incapacidade, chamada Insuficiência Istmo Cervical (ICC), que atinge cerca de 1% das gestantes. Foi exatamente essa medida que tive com 21 semanas quando fiz o ultrassom transvaginal para verificar meu colo.



















Mas o que fazer quando se descobre isso?

Quando se descobre antes das 16 semanas, existe um procedimento cirúrgico chamado Cerclagem que "amarra" o colo do útero, evitando que ele fique ainda mais curto.
No meu caso, às 21 semanas, não é recomendável fazer a Cerclagem e o que precisa fazer é monitorar se o colo do útero vai ficar ainda mais curto ou menor e seguir as orientações do obstetra.

O maior risco em se ter um colo curto é a possibilidade de um parto prematuro durante as 20 e poucas semanas (infelizmente com pouquíssimas chances de sobrevivência do feto) ou ter tido um aborto espontâneo sem saber o motivo, pois se esse colo continuar cedendo durante a passagem das semanas e o ganho de peso do bebê, os cuidados serão ainda maiores para tentar preservar o bebê o máximo de tempo possível dentro do útero.

Dependendo da gravidade da situação, é recomendado:

-  Repouso Parcial (o que estou fazendo): podendo trabalhar sentada, me levantando apenas o necessário. Sem poder fazer nenhum tipo de esforço e nem ficar muito tempo em pé.
- Repouso Absoluto: deitada o tempo todo, dependendo da situação podendo ir ao banheiro ou não.
- Internação em hospital, sendo monitorada de pertinho pelos profissionais.

Esse diagnóstico é muito grave e silencioso. Eu, por exemplo, não tive nenhum sintoma (algumas pessoas tem sangramento ou contrações) mas estamos levando a sério desde o início, seguindo todas as orientações da nossa médica e fazendo o monitoramento através de ultrassom para ver como isso evoluí.

Achei super importante fazer um post sobre isso pois não há tantas informações sobre o assunto em blogs e, logo quando descobrimos, nos assustamos muito com todos os riscos existentes dessa patologia e gostaria de conscientizar os interessados.
Fizemos após 15 dias, ou seja, na semana passada, outro ultrassom e o colo do útero está com a mesma medida, o que foi uma notícia muito boa para nós. Farei outro no final do mês. 

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